Riscarei todas as linhas que esbocei sobre paixão
Amassarei todas as rimas que um dia fiz
Lançarei todas essas idiotices no lixo
É lá que todas essas asneiras devem estar
Já fui idiota por tempo demais
Cansei de servir de chacota
Isso nunca me agradou
E me agrada muito menos agora tais zombarias
Me vestirei de preto, somente
Mudarei o olhar submisso e tolo
Adotarei o mortífero-fulminante
A intenção é intimidar
Afastar
Matar
Decidi correr sozinha
Cair e rasgar os joelhos
Não levo remédios na mochila
Nem mochila eu levo
Levo a mim
E isso já é muito
Desejo contemplar o espetáculo das feridas
As inflamações e o processo lento de cicatrização
Nada de remédios!
Agora eles são inúteis em mim; perderam o efeito
Quero que a vida me remedie
Quero o antibiótico natural
Quero sofrer o que tiver de sofrer
Quero sorrir o que tiver de sorrir
Quero acreditar no que me apetecer acreditar
Quero falar tudo o que estiver entalado garganta à dentro
Quero chorar até causar inundações
Quero andar, correr, pular e morrer
Mas morrer não é um querer
É uma certeza que eu nunca quis ter
(Erica Ferro)
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Blog : sacudindo palavras (perfect’s!)
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Poeminha Tuudo de Bomm!
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Olá, Natália. =)
ResponderExcluirFico feliz que tenha gostado MUITO do meu poema e até postado aqui. Não fico irritada e nem chateada, até porque você colocou tudo certinho, os créditos e tudo o mais. Então eu só posso ficar feliz.
Obrigada pelo carinho e tô louca pra ver seus poemas.
Posta logo, tá?
Beijo.