segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Poeminha Tuudo de Bomm!

Esconderei meus rascunhos idiotas sobre amor
Riscarei todas as linhas que esbocei sobre paixão
Amassarei todas as rimas que um dia fiz
Lançarei todas essas idiotices no lixo
É lá que todas essas asneiras devem estar

Já fui idiota por tempo demais
Cansei de servir de chacota
Isso nunca me agradou
E me agrada muito menos agora tais zombarias

Me vestirei de preto, somente
Mudarei o olhar submisso e tolo
Adotarei o mortífero-fulminante
A intenção é intimidar
Afastar
Matar

Decidi correr sozinha
Cair e rasgar os joelhos
Não levo remédios na mochila
Nem mochila eu levo
Levo a mim
E isso já é muito

Desejo contemplar o espetáculo das feridas
As inflamações e o processo lento de cicatrização
Nada de remédios!
Agora eles são inúteis em mim; perderam o efeito

Quero que a vida me remedie
Quero o antibiótico natural
Quero sofrer o que tiver de sofrer
Quero sorrir o que tiver de sorrir
Quero acreditar no que me apetecer acreditar
Quero falar tudo o que estiver entalado garganta à dentro
Quero chorar até causar inundações
Quero andar, correr, pular e morrer
Mas morrer não é um querer
É uma certeza que eu nunca quis ter

(Erica Ferro)

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Blog : sacudindo palavras (perfect’s!)

Um comentário:

  1. Olá, Natália. =)

    Fico feliz que tenha gostado MUITO do meu poema e até postado aqui. Não fico irritada e nem chateada, até porque você colocou tudo certinho, os créditos e tudo o mais. Então eu só posso ficar feliz.
    Obrigada pelo carinho e tô louca pra ver seus poemas.
    Posta logo, tá?
    Beijo.

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